Monday, March 23, 2009

Caríssimos, encontrei a versão da Doris Day e a versão do Nat King Cole nos youtubes que nos põem à disposição. Os clássicos salvam sempre a cultura, em qualquer das suas expressões, e a mim salvaram-me a semana. Deixo-vos aqui as versões não tão fabulososas como seria possível no tempo das interacções multimediáticas, mas ainda assim, têm os ritmos e os tempos no sítio certo. Fazer o trabalho de casa implicou fazer-me parecer uma finalista, miúda de um college americano qualquer que está puramente certa do silogismo que canta. Se...Logo,...Tal, Tal: na vida dos adultos as coisas não se passam bem assim, mas deixemo-nos encantar por isto um bocadinho, só para eu continuar a explicar o que aprendi nesta aula.

http://www.lastfm.com.br/music/Doris+Day/_/When+I+Fall+in+Love

http://www.dailymotion.com/video/xxh7y_nat-king-cole-when-i-fall-in-love_music


When I fall in love it will be forever
Or I'll never fall in love
In a restless world like this is
Love is ended before its begun
And too many moonlight kisses
Seem to cool in the warmth of the sun

When I give my heart it will be completely
Or Ill never give my heart
And the moment I can feel that you feel that way too
Is when I fall in love with you.


And the moment I can feel that you feel that way too
Is when I fall in love with you.


Words and music by Edward Heyman and Victor Young, at http://www.lyricsfreak.com/n/nat+king+cole/when+i+fall+in+love_20098122.html


Hoje aprendi um bocadinho como se canta uma nota igualzinha ao tom que sai das teclas de um piano. Igualzinha pode ser um conceito a definir ...porque o que passa na cabeça de um alguém, ninguém sabe, ninguém sabe como é que alguém define a pureza da nota que ouve na sua cabeça e depois a transmite dizendo que não tem mais nenhum som na sua caixa de música pessoal que possa oferecer ao ouvinte. E que a tal nota é assumidamente aquilo que acabou de ouvir, nem mais, nem menos. Claro que o professor que gostaria de apostar nos seus alunos e motivá-los, também a pagar a cota na escola, não vai dizer que não tem remédio. A minha avaliação foi que os meus sons não são assim tão diferentes do que sai do piano e que uso umas técnicas para os imitar, que passarei a explicar.

Há então sons de cabeça (Kopfstimme) e sons de peito (Bruststimme) e há sempre um ponto, a nota G em que aposto na mudança de registo ou timbre. Quando chego ao G mudo para som da cabeça, herança porventura da prática coral, em que é mais fácil atingir o som "certo", mas menor projecção sonora. "Ora, minha cara aluna, tens que imaginar que estás perante um estádio de futebol, porque no pop e jazz é assim mesmo." Então há que conseguir uma projecção de voz que se sente no peito, mas que sai da cabeça, entoando para todos os lados, para a frente e para trás e para os lados. Imaginei uma espiral. Não esquecer a respiração, que aprendemos na semana passada. O aufdrehen do som - o subir do tom, tem de continuar a sair, como todos os sons, do fundo e profundidade da barriga, volumoso a subir pelo corpo como uma árvore que se sente a crescer. Não tem de aspirador de ar...

Agora é que começa a ficar dificil, e talvez, por isso, o melhor é não pensar muito na técnica e simplesmente cantar...

Lá continuámos a cantar e eis os ensinamentos da semana: "não percebo porque é que há versões modernas que insistem em prolongar o "you" do verso "is when i fall in love with yoooooouuuuuuu", se a nota é simples e curta.

you: tão simples como isso. recitativo. you, you, you, you.ponto.

para além disso, vais apontar aí no caderninho que quando se canta "fall in love", "fall" é rápido e "in love" é que é prolongado, pois não vais com certeza querer "cair" primeiro e prolongadamente e só depois é que te apaixonas."

...para pensar!

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